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A PEÇA
Terra Desce traz à cena a fábula do “primeiro carioca”, o primeiro registro de um personagem fruto da miscigenação entre um homem branco europeu e uma mulher indígena, ocorrido na cidade do Rio de Janeiro. O espetáculo celebra o encontro entre Guida Vianna e Ricardo Kosovski e, ao mesmo tempo, através da performance de Raynna/Julia Tupinambá reverbera e denuncia o apagamento indígena. A peça tem patrocínio da Oi e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e apoio cultural do Oi Futuro. O espetáculo encerra a série de obras que criamos acerca da memória do Rio de Janeiro, que começou com “Cara de Cavalo” [2012], “Caranguejo Overdrive” [2015], “Guanabara Canibal” [2017] e “Chega de Saudade! [2022]. Há mais de uma década realizamos uma pesquisa artistica intensa sobre personagens, narrativas e cenários eclipsados pela história reivindicando seu espaço de imaginação poética-política. Como todo encerramento “Terra Desce” é uma abertura também: a fábula do primeiro carioca, o “mestiço” joãozinho em busca de suas raízes, de sua retomada.
Cia
A Cia.
Aquela Cia.
Marco André Nunes e Pedro Kosovski fundaram em 2005 esse núcleo de realização em artes da cena sediado no Rio de Janeiro. Com ênfase em processos de criação coletiva e na elaboração de uma dramaturgia inédita atravessada pelos conceitos de memória coletiva, fabulação e imaginário social, dentre as suas obras mais recentes destaca-se a “Trilogia Carioca” formada por “Cara de Cavalo” (2012), “Caranguejo Overdrive” (2015), “Guanabara Canibal” (2017) e "Chega de Saudade! (2022).
Pedro Kosovski
Pedro Kosovski é Dramaturgo, diretor teatral e professor de artes cênicas da PUC-RIO e do Teatro O Tablado. Funda, em 2005, a Aquela Cia de Teatro, núcleo de criação e pesquisa da linguagem teatral. Suas obras foram apresentadas nos principais festivais do Brasil e internacionalmente. Recebeu indicações e foi vencedor dos principais prêmios de artes cênicas do Brasil como Shell, APCA, Cesgranrio, Questão de Crítica, APTR, Aplauso Brasil, Zilka Salaberry. Foram encenadas vinte peças de sua autoria dentre as quais a ópera contemporânea “Aquilo que mais eu temia desabou sobre minha cabeça” (2017), que estreou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Três de suas peças que formam a “Trilogia Carioca” (Cara de Cavalo”, “Caranguejo Overdrive”, “Guanabara Canibal”) estão publicadas pela editora Cobogó. Em 2019 , participou do programa “Plein Feux. Les nouvelles dramaturgies françaises e brésiliennes” organizado por La Comédie de Saint-Étienne que uniu dramaturgos franceses e brasileiros. Traduziu a obra “Fiz Bem?” da dramaturga francesa Pauline Salles publicada pela editora Cobogó.
Marco André Nunes
Diretor de teatro, fundou em 2005 Aquela Cia de Teatro, a qual desenvolve, ao lado dos dramaturgos Pedro Kosovski, Walter Daguerre e de outros artistas, uma linguagem cênica própria, com dramaturgia sempre inédita e colaborativa. Em 2016, ele recebeu, na categoria melhor diretor, os prêmios Shell, APTR, Cesgranrio e Questão de Crítica, pelos espetáculos “Laio e Crísipo” e “Caranguejo Overdrive”. Das suas encenações mais recentes destacam: “Outside: um musical noir” (2011, duas indicações ao Prêmio Shell, cinco ao APTR e três ao Questão de Crítica), “Cara de cavalo” (2012, uma indicação ao Prêmio Shell e quatro ao Prêmio Questão de Crítica), “ A Porta da frente” (2013, indicações ao Prêmio Shell e Cesgranrio), de Júlia Spadachini, e “Edypop” (2014, três indicações ao Prêmio Questão de Crítica e dois ao Prêmio Cesgranrio).
Elenco
Elenco
Ricardo Kosovski
Ator, diretor, pesquisador e Prof. Titular do Depto. de Direção Teatral e Programa de Pós Graduação da Escola de Teatro da UNIRIO. Tem vasta experiência profissional nas áreas de Teatro, Cinema e TV, tendo participado em mais de 100 montagens teatrais como ator e diretor, dezenas de filmes e programas para TV. Iniciou sua carreira artística em 1976, no Teatro Tablado, com diversos prêmios e homenagens ao longo de seu percurso profissional, mantendo uma produção contínua e ininterrupta até os dias de hoje. Trabalhos mais recentes em teatro como ator: Doppelganger de Domingos Oliveira (2014/16) “Boa Noite Professor” de Lionel Fischer e Julia Stockler (2016) “Tripas” de Pedro Kosovski (2017/21) “Maracanã” autoria e direção de Moacir Chaves (2019/2020) e “Terra Desce” de Pedro Kosovski (2023) Trabalhos mais recentes em cinema: “Infância “de Domingos Oliveira (2015). “Real” Rodrigo Bittencourt (2016),” Aconteceu na Quarta feira” roteiro e direção de Domingos Oliveira (2019/2020), “Eike tudo ou nada” direção de Andradina Azevedo e Dida Andrade (2021/22)
Guida Viana
É formada em comunicação social pela PUC/RJ. Estudou teatro no curso d’O Tablado entre 1971 e 1975. Participou de oficinas com Sergio Britto, Amir Haddad, Augusto Boal, Alcione Araújo e Gloria Beuttenmuller. Foi professora de improvisação teatral no Tablado de 1980 a 2011, onde dirigiu mais de 20 espetáculos com seus alunos. Foi redatora da revista Cadernos de Teatro durante 15 anos. Atuou em mais de 40 espetáculos teatrais, 8 novelas, 10 séries e 14 filmes. Na área teatral trabalha como atriz, diretora e produtora. Foi indicada 8 vezes ao prêmio de melhor atriz (revelação, atriz e atriz coadjuvante), ganhando os Prêmios de melhor atriz: Shell 2004, Qualidade Brasil 2006, Cesgranrio 2018 e APTR 2018.
Raynna (Payayá/Tapuia)
Começou a fazer teatro aos 13 anos, ainda no sertão da Bahia. Mudou-se para o RJ aos 15 anos, iniciando assim um curso técnico em artes cênicas (Nu Espaço) e logo uma graduação em cinema e audiovisual (UVA). Estudou por um período com Havi Hamilton de Oliveira, membro do Actors Studio de NY e LA. Passou também por Marina Rigueira, Thiago Greco. Iniciou uma pesquisa que ampliava a física quântica às artes cênicas, logo foi convidada por Jom Tob Azulay e por Hernâni Heffner para se unir aos estudos sob física quântica no cinema. Em 2021, participou dos II curso de formação feminista pela UESB: As mulheres na sociedade de classes, gênero, raça e violência. Ainda em 2021, mudou-se para SP, onde passou a dá aula para atores. Em 2022, foi convidada para ministrar workshops de interpretação na UVA. Foi também convidada para dá palestras em algumas universidades, dentre elas, a UNIRIO. Como uma boa amante de poesias, criou o seu próprio sarau, nomeado “Viva Voz”, onde recebeu inúmeros artistas em SP e no RJ, dentre eles, o cantor e compositor Di Melo. Em junho de 2023, foi contratada pela TV Globo, compondo o elenco da nova série da Rosane Svartman e Claudia Sardinha, sendo assim, a primeira mulher da Chapada Velha e do seu povo a ocupar este espaço.
Julia Tupinambá
Mãe, artista, amante da natureza. Carioca, sua ascendência vem de São Luís do Maranhão, quando seus avós migraram para o Rio de Janeiro com sua mãe na barriga. Estudou no teatro O Tablado de 2012 a 2015. Formou-se na Escola de Belas Artes da UFRJ em 2020 e participou de diversos cursos de fotografia, interpretação, paisagismo e educação para/com/pela natureza, licenciando-se em artes visuais e certificando-se em floresta-escola. Atuou em seis peças teatrais, duas mostras de esquetes e realizou participações em novelas, séries e documentários.
Músicos
Felipe Storino
Compositor, músico, diretor e produtor musical. Com mais de uma centena composições autorais. Vem desenvolvendo em seu trabalho uma investigação de dramaturgias sonoras distintas em grupos e companhias do teatro brasileiro, como com a Cia Brasileira de teatro, Cia Teatro Autônomo e Aquela Cia, com a maioria delas realiza um trabalho continuado na narrativa musical. Além disso ja fez trabalhos com a Cia dos Atores, Cia Pequod, Grupo galpão e inúmeras produções independentes. Já foi agraciado e indicado a diversos prêmios, dentre eles: "Outside - Um musical noir" 1º prêmio Questão de Crítica 2011 e do 6º prêmio APTR 2011, “Cara de cavalo” Vencedor do 2º prêmio Questão de Crítica 2012, “Caranguejo Overdrive” Contemplado com 5º prêmio Questão de Crítica, “Vim assim que soube”, indicado prêmio shell 2019. “Esta Criança” prêmio Shell 2013, vencedor do prêmio Cenym, “Nós” prêmio aplauso Brasil, na categoria musical.
Xainã Tupinambá
Licenciado em música pela UFAC Bacharel em Teologia mestrando em Etnomusicologia.
Pedro Nêgo
Começou a estudar guitarra aos 13 anos na escola de música Villa Lobos. No teatro, participou como músico das peças “Da Carta ao Pai” (2013), “Pesadelo” (2014), "Caranguejo Overdrive" (2015 a 2023) e "Laio e Crísipo" (2015 a 2019) e “Terra Desce” (2023) d’Aquela Cia de Teatro, “Tripas” (2017 a 2020) e Filhos d Medea (2019). Assinou a Direção Musical dos espetáculos "Pesadelo" (2014), "Tão Tão" do teatro O Tablado (2016) sendo indicado ao prêmio Zilka Salaberry como melhor direção musical, Belchior - O Musical (2018), Isso que você chama de lugar (2019), Filhos d Medea (2019), “Anísio e a Devoradora de Livros” (2022) e Pedro I (2022). Também compôs a Trilha Sonora das peças “Edward Bond para tempos conturbados” (2017), "Vácuo" (2018), "Gravidades" (2018) e “A Menina do Kung Fu” (2019). No cinema fez a Trilha Sonora do longa “B.O.” (2017) e “Álbum em Família (2021)” que foi selecionado para Mostra Competitiva do Festival de Gramado (2021). Coassinou a produção musical do EP "George Sauma Sozinho" e a direção musical de seu show (2019/20). Integrou a banda Choque do Magriça e sóciofundador da ONG Conexão do Bem. Em 2022 compôs trilhas para podcasts da Rádio Novelo.
Músicos
Fotos
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